Por que estudar família na graduação médica? Relato dos 13 anos de experiência da Medicina Integral

Autores

  • Ana Cláudia S. Chazan Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.
  • Henyse G. V. da Silva Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.
  • Carla M. Cazelli Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.
  • Alfredo Oliveira Neto Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.
  • Andrea Augusta Castro Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.30643

Resumo

Em 2002 foram criadas três disciplinas pelo Serviço de Medicina Integral, resultado de mudanças curriculares promovidas pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), impulsionadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2001. O objetivo deste artigo é apresentar um relato da experiência dos treze anos de implantação de uma das disciplinas cujo foco é a abordagem familiar no âmbito da Medicina de Família e Comunidade. Os processos para a inclusão da disciplina no currículo foram relativamente rápidos, mas o fato de não ter havido uma ampla reforma curricular impossibilitou a integração desta disciplina com as demais da FCM. Não foram poucos os desafios enfrentados ao longo dos anos para o aprimoramento do ensino-aprendizagem da abordagem familiar na graduação médica, cuja importância se confirma pela ênfase que o tema recebe nas novas DCN de 2014. É necessário que a abordagem familiar seja percebida como um valor e uma prática a serem incorporados ao longo dos seis anos de graduação. Para isso, deve-se aproveitar a reforma curricular da FCM atualmente em curso e sensibilizar docentes e estudantes sobre o assunto.

Descritores: Educação médica; Medicina de família e comunidade; Saúde da família; Atenção primária à saúde.

Biografia do Autor

Ana Cláudia S. Chazan, Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Henyse G. V. da Silva, Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Carla M. Cazelli, Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Alfredo Oliveira Neto, Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Andrea Augusta Castro, Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. RJ, Brasil.

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Publicado

2016-09-30