Ações recomendadas para prevenção da transmissão vertical do HIV

Resumo

O progressivo aumento do número de casos de AIDS entre as mulheres e, consequentemente, da transmissão vertical do HIV vem assumindo grande importância epidemiológica, recebendo atenção especial com a implementação das recomendações do Ministério da Saúde para a profilaxia da transmissão vertical do HIV e terapia antirretroviral em gestantes. O objetivo desta revisão é apresentar as principais ações obstétricas para a profilaxia da transmissão vertical do HIV, contribuindo para divulgação das recomendações brasileiras e consequentemente para a redução das taxas de transmissão vertical do HIV. A transmissão vertical do HIV ocorre através da passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação (35%), parto (65%) e o risco acrescido através da amamentação entre 7% e 22% por exposição. A literatura mostra uma redução dessa taxa para níveis entre 1% e 2% com a aplicação de todas as intervenções preconizadas pelo Ministério da Saúde, que são atualizadas e baseadas nas melhores evidências cientificas disponíveis. Porém, apesar dos esforços direcionados para o desenvolvimento das ações e fornecimento de insumos, os dados referentes à monitorização das etapas de intervenção para a profilaxia da transmissão vertical do HIV sugerem diversas falhas no processo e o não cumprimento das recomendações, o que reforça a necessidade de divulgação das recomendações existentes.    A realização das condutas padronizadas contribui significativamente para a redução da transmissão do HIV da mãe para o feto, na quase totalidade dos casos. O conjunto das ações recomendadas e o uso adequado dos insumos disponíveis são a base para a atuação profissional ética e competente. Esta revisão espera contribuir para a melhoria da qualidade na atenção às mulheres na gestação, parto e puerpério e ao seu recém-nascido, resultando na redução das taxas de transmissão vertical do HIV.

Descritores: Saúde da mulher; Transmissão vertical de doença infecciosa; gravidez; HIV.