Ensino de oncologia na graduação médica e autorregulação da aprendizagem

Autores

  • Diogo A. V. Ferreira Disciplina de Patologia Geral. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Ana P. da Silva Disciplina de Patologia Geral. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Kátia R. X. da Silva Disciplina de Patologia Geral. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.17774

Resumo

O câncer representa uma importante causa de mortalidade e morbidade mundial. A formação profissional em nível superior demanda o desenvolvimento de competências e habilidades que vão além da simples acumulação e aplicação de conhecimentos técnicos e científicos. Considerando a multidimensionalidade da educação médica e a abrangência do escopo de atuação do profissional de medicina, o presente artigo se propõe a analisar as potenciais contribuições da Liga de Oncologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LiOnco-UERJ) para o desenvolvimento de estratégias de autorregulação da aprendizagem acadêmica e profissional, no que se refere à temática câncer. O artigo caracteriza-se como uma revisão narrativa/crítica e, para fins de organização, foi estruturado em três seções que pretendem discorrer sobre as seguintes questões: quais os desafios no ensino do câncer? O que é autorregulação e de que modo esse processo contribui para a aprendizagem acadêmica e profissional na graduação médica? Quais as interfaces entre as dimensões e fases da autorregulação e os estudos e práticas desenvolvidos pela LiOnco-UERJ? Conclui-se que ao rastrear e prevenir o câncer o médico atua como educador. E as repetições das práticas oriundas da sala de aula tendem a não ter bons resultados, uma vez que o paciente não consegue significar as informações transmitidas pelo médico e a prevenção fica no discurso. Assim sendo, o médico se reconhecendo como educador, tende a realizar a transposição didática, transformar a linguagem médica em uma linguagem acessível ao paciente, para que ele possa significá-la e levá-la para o seu cotidiano.

Descritores: Comissão para atividades profissionais e hospitalares; Hospitais de ensino; Educação superior; Aprendizagem.

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2015;14(Supl. 1):50-58

doi: 10.12957/rhupe.2015.17774

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Publicado

2015-08-31