Sífilis na gravidez

Autores

  • Alessandra B. A. Damasceno Divisão de Obstetrícia. Hospital Maternidade Carmela Dutra. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Denise L. M. Monteiro Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Teresópolis, RJ, Brasil. Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Luiza Basílio Rodrigues Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Teresópolis, RJ, Brasil
  • Danielle B. Sodré Barmpas Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Luciane R. P. Cerqueira Programa de Pós-graduação em Ciências Disciplina de Obstetrícia. Departamento Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Alexandre J. B. Trajano Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade Unigranrio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):88-94

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12133

Resumo

A sífilis é causada pelo Treponema pallidum e transmitida por via sexual, hematogênica ou vertical (TV) durante qualquer período da gravidez. Por orientação do Ministério da Saúde, seu rastreio e tratamento são oferecidos de rotina a todas as gestantes que realizam o pré-natal. No entanto, as taxas de morbidade materna, infecção congênita e mortalidade perinatal permanecem altas, representando ainda desafio à saúde pública. A persistência da alta prevalência de sífilis congênita, apesar dos programas específicos de prevenção, é inquietante. Esta revisão visa contribuir para a divulgação do conhecimento atual no país e a elaboração de medidas que possam reduzir a transmissão vertical e a morbimortalidade materno-infantil da sífilis. A prevalência de sífilis em gestantes no Brasil é de 1,6%. A região Sudeste possui a maior taxa de notificação de sífilis congênita, e o Estado do Rio de Janeiro tem as maiores taxas de incidência por nascidos vivos (9,8/1.000), segundo dados do Ministério da Saúde. O custo da prevenção da infecção congênita, incluindo teste e tratamento, é menor que U$ 1,50 por pessoa, e o risco de transmissão vertical na gravidez varia de 70 a 100%, nos casos de sífilis recente, e 30 a 40%, na sífilis tardia. Nesta revisão, apresentamos uma discussão sobre o diagnóstico e o tratamento precoce da sífilis na gravidez que, quando realizado adequadamente, pode prevenir resultados gestacionais desfavoráveis para o binômio mãe-filho. Um melhor entendimento da doença permite buscar formas de melhorar as políticas públicas, colaborando com a diminuição da prevalência da sífilis e suas complicações no Brasil.

Descritores: Sífilis; Doenças sexualmente transmissíveis; Prevalência, Gravidez; Transmissão de doença infecciosa;/prevenção & controle.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):88-94

doi: 10.12957/rhupe.2014.12133

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Publicado

2014-07-29