Desumanização da população negra: genocídio como princípio tácito do capitalismo
DOI:
https://doi.org/10.12957/rep.2014.15086Resumo
Resumo ─ Este artigo apresenta algumas reflexões acerca do genocídio da população negra, expressão da violência racial institucionalizada no Brasil. Privilegiou-se a análise de indicadores sociorraciais para compreender a desigualdade racial na Diáspora Negra e perceber que a experiência da população negra é marcada por múltiplos e contraditórios processos antinegros. Os estudos críticos e contemporâneos da Diáspora são os fundamentos para uma interpretação do racismo antinegro. As raízes deste remontam à emergência do Estado moderno e colonial, e suas ideologias e práticas discriminatórias reconfiguradas ao longo do desenvolvimento do capitalismo. O estudo adota o conceito de Diáspora Negra como genocídio, mas abre as possibilidades de múltiplas resistências e lutas pela materialização e emancipação humana.
Palavras chave: raça; genocídio; terror racial; resistências; emancipação humana.
Abstract — This paper presents some reflections about the genocide of the black population, expression of institutionalized racial violence in Brazil. We focused on the analysis of socio-racial indicators for understanding racial inequality in the African Diaspora and the experience of the black population is characterized by multiple and contradictory anti-black processes. The critical and contemporary studies of the Diaspora are the basis for an interpretation of anti-black racism. The roots for this go back to the emergence of the modern colonial state and its ideologies and discriminatory practices reconfigured along capitalist development. The study adopts the concept of African Diaspora as genocide, but opens up the possibilities of multiple resistances and struggles for human emancipation and materialization.
Keywords: race; genocide; racial terror; resistances; human emancipation.
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