A gênese do assédio: uma análise histórico-social

Autores

  • Terezinha Martins dos Santos Souza UNIRIO
  • Ivan Ducatti UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/rep.2013.10160

Resumo

Analisamos as relações sociais vigentes em diversos períodos históricos, para demonstrar que o assédio moral no trabalho somente pode emergir no período da reestruturação produtiva, por exigência do movimento específico que o capital empreende no período, para continuar valorizando o valor. Tal tese vai na contramão da maioria dos(as) teóricos(as), que afirmam que o assédio moral no trabalho sempre existiu. Para demonstrar nossa tese, analisa-se a forma como a subjetividade se apresenta na história, quando cada época histórica, para sua própria manutenção, faz emergir e mantém determinadas características e emoções nos seres sociais. Parte-se do pressuposto de que à determinada estrutura corresponde uma dada superestrutura, mediada dialeticamente por relações sociais complexas. Na acumulação flexível do capital, que se inicia nos anos 1970, surge o assédio moral no trabalho como a forma de gestão necessária do capital para enfrentar sua (mais forte) contestação, advinda dos(as) trabalhadores(as).

Palavras-chave: assédio moral no trabalho; história; reestruturação produtiva; materialismo histórico-dialético; Saúde do Trabalhador.

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Publicado

31-03-2014

Como Citar

Souza, T. M. dos S., & Ducatti, I. (2014). A gênese do assédio: uma análise histórico-social. Revista Em Pauta: Teoria Social E Realidade contemporânea, 11(32). https://doi.org/10.12957/rep.2013.10160

Edição

Seção

Trabalho, Saúde e Ambiente