Questões contemporâneas: proximidade e imagem, entre a ética e o gozo

Autores

  • Doris Rinaldi UERJ
  • Maria Anita Carneiro Ribeiro Universidade Veiga de Almeida – UVA
  • Vera Pollo Universidade Veiga de Almeida – UVA

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.37141

Palavras-chave:

psicanálise, proximidade, imagem, ética, gozo

Resumo

Em 1930, Freud afirmou que o laço social é a principal fonte de sofrimento para os homens. Vivemos hoje sob o domínio das redes sociais, da comunicação imediata que dispensa a presença do outro. Quais os efeitos disso no laço social? O advento da internet, ao prometer o acesso irrestrito ao outro, sem o ônus de sua presença, coloca em questão a proximidade e a imagem do outro, o que toca em um dos conceitos mais caros à psicanálise: o estranho (Unheimlich). Abordamos estas referências a partir de Freud e Lacan, dialogando com autores da Filosofia e da Sociologia. Em seu artigo intitulado A Coisa, Heidegger introduz uma discussão de ordem ética. A partir da ideia de que "a proximidade não é pouca distância" ele se pergunta: "O que é esta igualdade em que tudo não fica nem distante nem próximo, como se fosse sem distância?" Quando examinamos a noção de proximidade, a noção de corpo-imagem se impõe. Segundo Baudrillard, o sujeito é induzido a tratar seu corpo como capital e como fetiche, estabelecendo-se uma equivalência mágica entre comprar e sentir-se bem. O que tem a psicanálise a dizer sobre isto? Em 1972, Lacan formalizou o discurso capitalista, que foraclui o laço social e induz a práticas perversas que visam obturar a castração, prometendo um gozo sem limite e fora dos domínios da ética.

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Publicado

12-09-2018

Como Citar

Rinaldi, D., Ribeiro, M. A. C., & Pollo, V. (2018). Questões contemporâneas: proximidade e imagem, entre a ética e o gozo. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(2), 693–706. https://doi.org/10.12957/epp.2017.37141

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise