A psicopatologia psicanalítica das perversões na atualidade: uma revisão sistemática

Autores

  • Camilla Ferreira dos Santos Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP-Bauru
  • Érico Bruno Viana Campos Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP-Bauru

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.37138

Palavras-chave:

perversão, psicopatologia, psicanálise

Resumo

O conceito de perversão sempre esteve impregnado pela concepção da psiquiatria clássica de um desvio moral e sexual, e seu estatuto costuma ser mal compreendido na própria psicanálise. A presente pesquisa teve como objetivo a discussão das perversões no âmbito da psicopatologia psicanalítica. Trata-se de uma pesquisa teórico-conceitual, baseada na revisão bibliográfica sistemática da literatura nacional feita através de um levantamento no portal da Biblioteca Virtual de Psicologia (BVS-PSI) dos artigos de 10 anos (2003 – 2013) com os descritores psicanálise, perversão e psicopatologia. Chegou-se a um total de vinte e oito artigos, os quais foram resumidos e categorizados, e levados para a sistematização, a interpretação e discussão. Os resultados mostram que na caracterização psicopatológica a literatura PSI tende a privilegiar os modelos pós-freudianos da perspectiva lacaniana e da perspectiva das relações de objeto. Conclui-se que a literatura atual não tem avançado em novas propostas de constructos teóricos acerca das perversões, demonstrando que o modelo da formação do objeto-fetiche freudiano ainda predomina como parâmetro para o seu entendimento, e que as discussões psicodinâmicas e estruturais têm diminuído em detrimento de uma abordagem ampliada de crítica sociológica e histórica sobre a perversão como produto de uma ordem médico-jurídica própria da modernidade.

Downloads

Publicado

12-09-2018

Como Citar

Santos, C. F. dos, & Campos, Érico B. V. (2018). A psicopatologia psicanalítica das perversões na atualidade: uma revisão sistemática. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(2), 653–673. https://doi.org/10.12957/epp.2017.37138

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise