Deus está morto. Viva o autômato!

Autores

  • Amadeu de Oliveira Weinmann Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Roberto Henrique Amorim de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Gustavo Caetano de Mattos Mano Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.34774

Palavras-chave:

psicanálise, cinema, morte de Deus, finitude, autômato

Resumo

O artigo propõe-se a pensar algo do pathos da Modernidade – a paixão pelo autômato –, à luz do conceito nietzschiano Morte de Deus. Nesse sentido, toma como matéria de análise dois clássicos do cinema de ficção científica: 2001: uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, e Blade runner, de Ridley Scott. Se a paixão pelo autômato consiste em uma forma do sujeito moderno denegar a finitude, nos filmes em debate tal condição é elaborada de um modo muito singular. 2001 e Blade runner oferecem ao espectador a possibilidade de resistir à assunção dessa inclinação da subjetividade moderna. Em 2001, o autômato é demasiado humano e uma narrativa trágica promove outro modo de enfrentar a finitude. Em Blade runner, o autômato é o portador das angústias fundamentais do sujeito moderno – origem e finitude – e a identificação a ele permite ao espectador ir além do homem.

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Publicado

09-07-2018

Como Citar

Weinmann, A. de O., Medeiros, R. H. A. de, & Mano, G. C. de M. (2018). Deus está morto. Viva o autômato!. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(1), 225–237. https://doi.org/10.12957/epp.2017.34774

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise