A CRIANÇA NA INTERFACE DO SILÊNCIO MEDICAMENTOSO E COMO SUJEITO EM PSICANÁLISE

Autores

  • ADRIANA SIMÕES MARINO

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2013.5274

Resumo

O artigo trata de um tema controverso, apontado por uma tendência do discurso médico à sobreposição do conceito de criança, segundo uma concepção que refere uma fase da vida a ser superada, moldada e adaptada. Apresenta uma problemática provocada por este discurso e fomentada pelas neurociências, na atualidade, que é a produção de crianças submetidas à patologização e, consequentemente, ao aumento do uso de psicofármacos. Mostra o engodo envolvido em concepções que tendem à supressão da criança de sua condição estrutural de sujeito, a partir do conceito de sujeito do inconsciente e de fantasia como aquilo que remete ao infantil da estrutura subjetiva. Esboça a contraposição psicanalítica da clínica proposta por Jacques Lacan, que se refere à impossibilidade de adaptação do desejo e que tem por objetivo situar a criança para além de tendências adaptacionistas que remetem ao silenciamento subjetivo.

Palavras chave: criança; neurociência; psicanálise; psicofármaco; sujeito

Biografia do Autor

ADRIANA SIMÕES MARINO

Psicóloga, Psicanalista, Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da USP (IPUSP, membro do projeto de pesquisa A Psicanálise e a criança: a infância e o infantil (CNPq), do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP. Especialista em Psicopatologia e Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP). Faz formação continuada em psicanálise na Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (EPFCL-SP) e graduação em Filosofia na USP (FFLCH).

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Publicado

2013-03-19

Como Citar

SIMÕES MARINO, A. (2013). A CRIANÇA NA INTERFACE DO SILÊNCIO MEDICAMENTOSO E COMO SUJEITO EM PSICANÁLISE. POLÊM!CA, 12(1), 39–53. https://doi.org/10.12957/polemica.2013.5274

Edição

Seção

DESENVOLVIMENTO HUMANO