A construção social das vítimas da ditadura militar e a sua ressignificação política

Autores

  • Valéria Aydos Programa de Pós-graduação Antropologia Social / UFRGS.
  • César Alessandro S. Figueiredo UFRGS

Resumo

Este artigo analisa a construção social e ressignificação política da categoria “vítimas da ditadura militar” no Brasil, entre os anos 1960 e 2000. A partir de pesquisas com ex-presos e torturados políticos da época, buscamos compreender a construção de subjetividades e os argumentos morais através dos quais essas “vitimas” apresentam suas reivindicações de existirem socialmente e de serem sujeitos de direitos. Interpretamos que “as vítimas da ditadura militar” é uma categoria social que inicialmente se faz latente durante o período de prisões e torturas desses sujeitos. Após essa experiência, com o passar do tempo e o “trabalho da memória”, ela passa por uma significação subjetiva informada pelos saberes psis, como “sujeitos traumatizados”; e, em fins dos anos 1990, é ressignificada e apropriada como uma categoria política de busca por esclarecimentos e reparação dos crimes cometidos pelo Estado, delineando novas relações de poder no espaço público brasileiro.

Palavras-chave: Ditadura Militar. Vítima. Subjetividade.

Biografia do Autor

Valéria Aydos, Programa de Pós-graduação Antropologia Social / UFRGS.

Valéria Aydos é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre/Brasil).

César Alessandro S. Figueiredo, UFRGS

César Alessandro S. Figueiredo é doutor em Ciência Política pela UFRGS.

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Publicado

2013-07-20

Como Citar

Aydos, V., & S. Figueiredo, C. A. (2013). A construção social das vítimas da ditadura militar e a sua ressignificação política. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 15(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/intersecoes/article/view/9521