Narrar a dor: O livro K e outras narrativas

Autores

  • Cynthia Sarti Professora titular / Universidade Federal de São Paulo (UNIFEST).

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2016.26571

Resumo

Este texto trata da memória da ditadura militar brasileira (1964-1985), analisando as formas de expressão do sofrimento advindo da violência durante esse período, em particular da tortura e desaparecimento de familiares. Interroga os percursos de indivíduos que a vivenciaram na busca de compreensão e de inscrição dessa experiência em sua existência, supondo que ela permanece inelutavelmente, mas não da maneira como aconteceu no momento de sua ocorrência. Há um movimento que consiste no trabalho de incorporação das experiências envolvido na reconstrução da vida, marcado por um processo que envolve negociações subjetivas entre o indivíduo e as possibilidades do mundo social. A literatura é, então, pensada como um caminho acessível à investigação pretendida. Nessa perspectiva, detém-se na análise do livro K, escrito por Bernardo Kucinski, ressaltando a singularidade da narrativa que exprime as reminiscências da dor da experiência do holocausto silenciada pelo exílio na tragédia do pai judeu polonês em busca da filha desaparecida durante a ditadura.

Palavras-chave: Memória. Sofrimento. Literatura.

Biografia do Autor

Cynthia Sarti, Professora titular / Universidade Federal de São Paulo (UNIFEST).

Professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFEST).

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Publicado

2016-12-05

Como Citar

Sarti, C. (2016). Narrar a dor: O livro K e outras narrativas. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 18(2). https://doi.org/10.12957/irei.2016.26571