ROSA, COUTO E OS ESTRANHOS CAMINHOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

  • Stela Maria Sardinha Chagas de MORAES

DOI:

https://doi.org/10.12957/ecoling.2015.33157

Palavras-chave:

Guimarães Rosa, Mia Couto, Singularidade, Estranhamento, Traduzibilidade

Resumo

Nascido no interior de Minas Gerais, médico dedicado e diplomata renomado,
Guimarães Rosa sempre deu provas de sua inclinação para línguas. Daí, a linguagem rica e pitoresca, cheia de regionalismos, presente em sua obra. Publicado em 1962 e muito difundido pelos meios de comunicação, Primeiras Estórias reúne vinte e um contos que, de acordo com Renard Perez, dão prova de “surpreendentes pesquisas formais” que conferem à coletânea de contos um caráter de beleza e estranhamento, a um só tempo. Nascido em Beira, em 1955, biólogo por formação, jornalista e militante do FRELIMO, Mia Couto é um dos autores contemporâneos de língua portuguesa mais estimulantes graças a sua criatividade do ponto de vista lexical e semântico. Esses verdadeiros “exercícios de língua e expressão”, que se depreendem de forma muito nítida em Estórias Abensonhadas, remetem ao que Cristiane Costa define como um “traço de família” entre as produções de Mia Couto e Guimarães Rosa. Um estudo de caráter comparatista entre as obras desses dois grandes nomes da literatura lusófona parece se impor, portanto, de maneira indubitável, remetendo, paralelamente, à discussão quanto às noções de singularidade linguística, estranhamento e traduzibilidade.

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Publicado

2018-04-11

Como Citar

MORAES, S. M. S. C. de. (2018). ROSA, COUTO E OS ESTRANHOS CAMINHOS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Ecos De Linguagem, (7). https://doi.org/10.12957/ecoling.2015.33157

Edição

Seção

Artigos