Continuidade, pausa e movimento no tecido urbano: a Cidade da Música na Barra da Tijuca – Rio de Janeiro

Autores

  • Tania da Rocha Pitta

DOI:

https://doi.org/10.12957/contemporanea.2010.702

Palavras-chave:

tecido urbano, arquitetura, Cidade da Música.

Resumo

Ontem homogêneas, hoje híbridas, plurais, as cidades estruturam nossa percepção do mundo. A energia transmitida pela matéria, resultado da ação e da reação entre as formas, estrutura a cidade e seus lugares de convívio. Da mesma maneira que toda construção intervém na paisagem, toda cidade também precisa ser legível, ter pontos de referência, para não se tornar um caos. Um ambiente posto em ordem se torna uma vasta trama de referência. Em seu plano piloto, Lúcio Costa previa para a Barra da Tijuca uma ocupação do solo composta de edifícios e de grandes jardins públicos que seriam espaços de socialidade. Porém, diferentemente de Brasília, onde o fundiário pertencia ao Estado, as previsões de Lúcio Costa vão ser alteradas. Condomínios, escritórios, jardins privatizados e centros comerciais vão vir se instalar nestas últimas décadas. Hoje, a Cidade da Música, projetada por Christian de Portzamparc, vem se instalar na Avenida das Américas ultrapassando seu estatuto de simples projeto de arquitetura e dando aos habitantes a ocasião de se reapropriarem de um pedaço de cidade perceptível ao longe e “significante”.

Biografia do Autor

Tania da Rocha Pitta

Pesquisadora do CeaQ/Sorbonne, onde coordena o Groupe de Recherche sur Espace et Société (GRES), e do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre o Imaginário (UFPE). Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Paris V/Sorbonne e arquiteta pela Escola de Arquitetura de Grenoble (EAG). Trabalha no Atelier Christian de Portzamparc.

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Publicado

2010-07-16

Edição

Seção

Artigos