Cartografia do acaso: percursos à deriva no imaginário da Candelária, favela da Mangueira, RJ

Autores

  • Heloiza Beatriz Cruz dos Reis

DOI:

https://doi.org/10.12957/contemporanea.2010.700

Palavras-chave:

Cidade, Comunicação, Imaginário, Sociabilidade, Cultura.

Resumo

A pesquisa revela uma parte inusitada e pouco visitada da cidade: a favela. Entraremos pelos becos, pelas vielas, pelas casas, pelas avenidas e subiremos o grande viaduto rosa que existe na Candelária, Mangueira, para falar com o morador do morro que irá nos revelar o significado da sociabilidade comunitária. Vamos a campo com o intuito de compreender o imaginário presente neste lugar no ato de compartilhar o espaço da cidade. Essas singularidades podem revelar lógicas peculiares de apropriação do espaço, no “agir urbano”, que se re-constroem na esfera do cotidiano e permitem “ver-a-cidade” e pensar a favela. A “rua” comprova ser uma categoria comunicacional fundamental desse conjunto da urbe e que estabelece uma “lugaridade”, onde se podem apreender usos, sentidos e significados como formas de estetizar o espaço. A partir disso é possível identificar os fluxos modeladores de seu traçado urbano e que imprimem uma particular cartografia do acaso inspirados pela dinâmica rede da sociabilidade. Michel Maffesoli em diversas obras nos lembra que a rede serve de suporte. Ela é maleável, mas nem por isso sugere fragilidade. Ela pode sustentar e ser matéria de coesão social.

Biografia do Autor

Heloiza Beatriz Cruz dos Reis

Mestre em Comunicação Social pela UERJ. Atualmente é professora do curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida e integrante do grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade do CNPq/PPGCom/FCS/UERJ.

Downloads

Publicado

2010-07-16

Edição

Seção

Artigos