Cartografia das Redes da Revolta: fluxos políticos de oposição no Facebook

Autores

  • Marcelo Alves dos Santos Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12957/contemporanea.2014.12803

Palavras-chave:

Comunicação Política, Redes sociais, Ódio, Visibilidade.

Resumo

Este artigo se dedica à investigação das redes que disseminam o ódio e a hostilidade no Facebook a partir da cartografia das redes complexas gerada por métodos combinados de mineração de dados. Analisa-se a formação e a articulação de uma esfera de páginas não oficiais como um movimento reacionário e opositor do governo. As fan-pages consomem e ressignificam as mensagens de acordo com convicções particulares e enraizadas de cinismo e de descrédito direcionados às instituições oficiais. Argumenta-se que a ascensão destes canais seja reflexo do ressentimento de camadas sociais que não se consideram representadas e revoltam-se contra o Estado nestas comunidades. Por fim, assinala-se que os fluxos de ódio apontam para um processo de surgimento de um grupo de oposição conservadora organizado nas mídias sociais, com participação majoritária de jovens, concentrado no estado de São Paulo, e que emprega estratégia retórica de ansiedade e de medo contra o governo.

Biografia do Autor

Marcelo Alves dos Santos, Universidade Federal Fluminense

Marcelo Alves dos Santos Junior é formado em Comunicação Social Jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); com período de Intercâmbio Acadêmico na New Mexico State University (NMSU). Atualmente, é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense; Linha Mídia, Cultura e Produção de Sentido. Faz parte do corpo editorial da Revista Contracampo (B1) e do Laboratório de Mídia e Democracia (Lamide).

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Publicado

2015-02-03