Do homologein ao niilismo: a saga da hybris na consolidação da metafísica como métron do real
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2017.28792Resumo
DOI:10.12957/ek.2017.28792
O propósito deste artigo é analisar, a partir de Heidegger e Nietzsche, como um fenômeno grego específico - a hybris - possibilitou o desenvolvimento historial da metafísica enquanto discurso hegemônico do real. Destacando a transição do medievo para a modernidade sem, contudo, perder a dimensão de sua proveniência grega, a investigação parte da tese nietzschiana que afirma ser a hybris a essência do homem moderno e retroage com Heidegger até Heráclito para analisar o fenômeno em sua fonte. Tendo a origem (antiguidade) e o fim (modernidade) determinados, a discussão encaminha-se para a apropriação romano-cristã da hybris nas figuras medievais do imperium e do sacerdotium e aponta, por fim, como tais estruturas possibilitarão a morte de Deus a partir do nascimento da subjetividade e de sua degeneração em niilismo, aparições modernas da hybris e momentos capitais de desenvolvimento da metafísica enquanto métron do real.